Nuns dias passados eu estava no meu quarto e não tinha reparado naquela janela nunca aberta, comecei a estudar a janela logo sabia tudo sobre ela menos o que poderia achar se a tivesse aberto e "por que não?" E mesmo com a ferrugem manchando meus dedos e as lasca de madeira nas minhas unhas eu tinha que abri-la e quer saber o que eu encontrei do lado de fora? A parte de mim que tinha ido embora.
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Plim!Plim!
Estou na escola, mas não na aula, estou nas ruas da cidade vendo a senhora gorda com quatro sacolas plásticas em cada braço e uma menina andando atrás dela sem tirar os olhos da tela do celular ou os fones de ouvido.
A professora se casaco não parece sentir o mesmo frio que eu , mas não vou pedir pra aumentar o ar, nem estou na sala mesmo, entrei num café daqueles que viram bar de noite. À minha frente um suposto executivo engomado com sua camiseta de linho e café com biscoitinho , I phone 6 s na mão pra saber das últimas noticias; tragédia lá pro outro lado do oceano, penderam tudo, o mundo todo mandando doações e pêsames, uma pena não acha? Talvez se eu não estivesse pagando as duas últimas viagem para Resorts Estrangeiros, a lipo mais o spa mais o Botox da patroa e todo tipo de diversão tecnológica que as crianças conhecem, talvez ajudaria...
O sinal bateu até que enfim , no ônibus de volta pra casa a mulher ao meu lado não para de chorar discretamente, tinha um ar de dor de cotovelo, desemprego e aluguel atrasado tudo no mesmo mês . Atendeu o telefone e como qualquer um preveria " Oi mãe.. comigo? não, tô bem!.. só um pouco cansada posso te ligar mais tarde?'
Como pode o tempo passar tão rápido? Até a novela das sete começa às oito, escuto o "plim plim!" ao longe pela terceira. e nada mais que uma lágrima eu deixo que caia dos meus olhos pensando que amanhã o mundo estará 2% mais egoísta 3% mais superficial e a inflação nem se fala!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Cavalo Selvagem
A poesia é um cavalo selvagem
Não se prende á linha do poema
Despensa normas pra existir
Nasceu pra soltar-se das rédeas
E ao infinito se conduzir
Se dispersa no ar
No mato se esconde
Há vezes em que cabe na palma da mão
Em outras é maior que horizonte
A poesia têm muitos donos
E por isso mesmo, dono nenhum
Só o que têm são amigos
Que cativa nos caminhos que perseguiu
Bem se deve saber
Que Cavalo Selvagem não se deixa domar
Difícil é ter dele a confiança
Mas pela poesia, é fácil se apaixonar
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