segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que ainda eu posso ver



Vejo mães
Trazendo pães
E os irmãos
Com suas ir-maes
Vejo vidas
De validades vencidas
De simpatias escondidas
De empatias perdidas
Ouço os ventos
Brisas que vem o voltam
Sem sorrisos nem bom dias
E o mar sozinho
Sem a sua poesia
Viajo à velas
Que no calor do momento
Sem que eu perceba se derretem
Afunda no solo a cera
Do ouvido que tem sujeira
Que para escutar basta olhar
Que para julgar basta achar
Então vejo pais
Que sem avôs
Não têm filhos
Pois que a paz da família jaz
Neste caos de mundo vendido
Ou seria comprado e perdido?

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