Nuns dias passados eu estava no meu quarto e não tinha reparado naquela janela nunca aberta, comecei a estudar a janela logo sabia tudo sobre ela menos o que poderia achar se a tivesse aberto e "por que não?" E mesmo com a ferrugem manchando meus dedos e as lasca de madeira nas minhas unhas eu tinha que abri-la e quer saber o que eu encontrei do lado de fora? A parte de mim que tinha ido embora.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Na maioria das noites quentes de verão
A luz se apaga. Se fosse um filme soariam as doze badaladas, se fosse um livro esse seria o capítulo dois, se fosse perfeito não ecoariam agora tantas falas bobas, frases soltas e músicas que eu julgava serem apenas boas músicas antes de passar minhas noites aqui fitando o teto e imaginando que se fosse perfeito poderíamos selar os olhos e nos jogar de pijama no misterioso mundo onírico para muitas horas mais tarde acordar e meia hora mais tarde ainda recusar levantar.
Sinto falta de um som. A luz da janela ainda me fere os olhos e eu me lembro: é a chuva.
A chuva que choveu na noite quente de verão e não me deixou sonhar. Ela veio como um repentino vento doce no deserto ou maresia no último andar do prédio. Pinga pequenas boas doses de lembranças e o seu barulho me nina, e o seu enigma me inspira, e o seu cheiro me fascina.
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