quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Na Janela


Sentei-me à janela. Se alguém me vir aqui me chamará de suicida. nunca vi uma tempestade da cor dos meus olhos por isso os fecho enquanto chove e sorrio. Os sons me guiam, as notas do teclado, os grilos com seu grilado, os bezerros da fazenda ao lado.Foi difícil subir aqui com o caderno . Não me jogarei se não às palavras.
Da janela pra dentro: um quadrado amarelo claro 3 por 3, o grande espelho redondo cercado por ferros enrolados que me lembram que me lembram seus cachos. Da janela pra dentro: muito verde , metade do meu corpo levando junto o sorriso e a vontade de voar.
O céu é cinza, o caderno é vermelho e a caneta é azul. A Janela não é uma metáfora. Algum dia desse faço um vídeo de mim voando lá fora. espere só o céu ficar mais azul, minhas asas mais abertas e as borboletas voltarem. Acho que elas vem em abril ou maio.

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