segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Se eu fosse uma casa

 

Se eu fosse uma casa meu quintal seria um tapete de plantas dormideiras. Minha porta, um véu luminoso e estrelado com cheiro de orvalho e mar.Teria ela, um arco-íris próprio pra que de dia imitasse o céu e de noite à sentinela da lua brilhando alva. Seria alta só pra ter um corrimão bem largo pra brincar de escorregador com as visitas, lembrar de não matar a criança em mim.
    A gente começa pelo último andar porque é lá que eu quero morar. É  como um terraço que pode molhar a vontade com a água da chuva fininha e constante pra sustentar o arco-íris de dia e regar meu coração enquanto sorrio olhando o céu estrelado, a chuva se torna pó de lua caindo.
    Os andares de baixo teriam muitos quartos com paredes de espelhos naturais, areia fininha de praia e o barulho das ondas. Uma sala especial pra sorrir uma espécie de lugar perfeito pra se descobrir e pendurado em cada janela um parde asas com direções diferentes.
Se eu fosse uma casa , certamente histórias não faltariam. estantes de todos os tipos com livros de contos nunca lidos e sentimentos fresquinhos. Histórias da minha gente vista por outros lados, lados daqueles que te tiram um "Uau! " a cada linha.
     O primeiro andar é quase uma varanda aberta pros fundos onde há uma praia de águas tranquilas e cristalinas, montanhas ao fundo outras casas lindas ao longe e redes bem perto do mar
Se eu fosse uma casa todo dia receberia visitas e mais visitas, alegres e saltitantes por todos os cantos se perdendo e encontrando-se, correndo e escorregando. Principalmente crianças, iguais a mim.

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