sábado, 11 de abril de 2015

Na minha rua

 


   Eu não sei na sua rua, mas na minha tem lama, madeira, papel de bala embolado no chiclete, o asfalto está rachado e tem muitas folhas fora das árvores em volta, tem também cachorros de todo tipo, cachorros vira-latas desse quase condomínio.
   Não sei seu rosto mas o meu está frio por causa desse vento gelado que entra pelo nariz e enche meus olhos de água, a boca mantenho fechada, minha garganta grita calada,mais uma vizinha esperando meu boa tarde,  isso não vai me  deixar de cama.
   E também não sei sua cama, mas a minha precisa ser arrumada, tem muito saco plástico, roupa e folha amassada, rastros da tempestade de ontem, não estava ai pra fechar a janela, será que ela invadiu meu quarto? 
   Não sei da sua disposição pra arrumar minha cama , mas a minha dormiu no meio da bagunça dela 
Sei que não é sempre assim mas quando uma tempestade de vento vem, esqueço de levar guarda-chuva ...

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